terça-feira, 29 de abril de 2014

Burro velho

Desde pequena que me convenci que se comunicar todas as palavras que há em mim, as pessoas vão entender-me e, sobretudo, gostar de mim. 
Elas há que usam a sua melhor mini-saia,  há as que dizem a melhor piada, há as que acreditam nessa história de prendê-los pelo estomago e as modernilhas, que se esforçam no sexo.
Longos textos, com o meu melhor vocabulário, a melhor pontuação (tem dias) em busca de validação. Acreditando, sempre, sempre, sempre que será o caminho para o encantamento.
Sempre acreditei que se disser, por palavras  bonitinhas o quanto gosto, a reciprocidade chegaria. Nunca chegou, nunca resultou, nunca foi.
E mesmo assim, não me calo.

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